A queixa “meu filho não come” é muito comum nos consultórios pediátricos, geralmente os pais e avós estão muito preocupados em como arrumar aquela situação e se eles ficarão doentes por isso.
Primeiro de tudo temos que entender exatamente o que está acontecendo, qual fase a criança está, se é algo “agudo” (acontecendo há pouco tempo), quais alimentos ela come, como são as refeições, como é o comportamento daquela família em relação a comida.
Saber diferenciar se o problema é um excesso de expectativa nas quantidades ou se de fato temos uma questão de seletividade de grandes grupos alimentares, texturas, distúrbios sensoriais e até de deglutição.
Algumas situações exigem avaliação multiprofissional com nutricionista, gastroinfantil, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional. Outras podem ser resolvidas com estratégias mais simples e mudanças em casa.
Mas o mais importante antes de falar sobre tratamentos e estratégias é falar sobre o que NÃO fazer! E isso serve para todas as crianças.
Vamos para dicas?
- NÃO FORÇAR a criança a engolir
- NÃO FORÇAR a raspar o prato
- NÃO tentar DISTRAIR a criança com outras coisas só para ela não “perceber” e abrir a boca
- NÃO prometer recompensas caso ela coma - sobremesas, presentes, ver o desenho
- NÃO sair correndo para cozinhar mil outras coisas durante a refeição pra ver se isso faz ela comer as outras opções
- NÃO fazer trocas com alimentos “fáceis” como leite e bolachas para “pelo menos ela comer alguma coisa
Nossa Dra Mari, mas se eu não fizer tudo isso, ele vai passar fome!
Calma! Podemos fazer outros posts para falar sobre estratégias que podem te ajudar mas quis começar falando sobre o que não fazer porque é muito importante também respeitar a autonomia da criança, criar uma boa relação com a comida e evitar o comportamento de “comer a qualquer custo”.
Eu sei que pode ser muito difícil, mas conte comigo para te ajudar. E, enquanto os outros posts não saem, vão lá no @educa.nath que faz um trabalho maravilhoso ajudando as crianças e tem várias dicas preciosas. #dramariannaferreira#endocrinologiainfantil#endocrinologistapediátrica